O refúgio para o brilho das quatro estações,
O poente deste olhar que é vista e moldura,
Sou eu e vós o pincel de mil e um corações,
Aquele livre sonhador que da Lua se pendura,
Embalamos quimeras numa cadeira devaneada,
E com o pé na estrada, uns ficam e outros vão,
Não obstante o caminho que entre tudo e nada
Concede cor e asas ao tremeluzir da constelação
Que erigimos na lágrima e no sorriso, o relance
De um vulto tornando-se finalmente semblante
São os gritos emudecidos de um perdido nuance,
Tantas vezes reencontrado no rosto do espelho
Mesmo que por vezes esteja tão e tão distante,
Em súmula, é a criança retornando-se ao velho.
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