É preciso viver sem esperar pela alvorada
Pois a morte vem vindo bem devagarinho,
Há muito estou pronto para subir a escada
E para lá das trevas voar que nem passarinho,
A passo pautado ouço a morte além da porta,
A imortal dança entre o eviterno e o instante
Que vou trazendo no palpitar desta aorta
Ora tutucando ora próximo, ora distante,
Por vezes perdido na implosão desta supernova,
Esquecido pelo trilho estelar que me deu nome,
É esta a melodia do poema, a miríade, a trova
Que ora nos maldiz, ora nos permite em benção,
Desde que fiquemos com rasto candente do prenome,
Estou pronto para partir desde que à luz do coração.
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