segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Trago Sonhos Para Os Insones

Pé esvoaçante na estrada secundária, perdido,
Visando juramentos eternos, vagueando sozinho,
Preciso de sentir vida para me sentir vivido,
Há poeira nesta alma, há poeira no caminho,

Longe está o meu belo horizonte, o firmamento,
Procurando a busca, a arte do desencontro,
Pois o que é instante passa, é somente momento,
Dança e o mundo vira universo, esse reencontro

É tudo o que trago escondido neste coração,
Através dum véu nocturno acordo desperto,
Homens vejam, trago sonhos nesta mão

Para quem não dorme ou não os tem por perto,
E é assim que vou passando estação a estação
Com a certeza de antemão de que tudo é incerto.

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