Igual ao meu coração, jorra sangue pelo olhar
O ócio matou o sol, a nascença se há derramado
No filho do sol, enfim o abismo abrirá a cancela do ar
E o esqueleto moribundo do presente será passado,
No filho do sol, enfim o abismo abrirá a cancela do ar
E o esqueleto moribundo do presente será passado,
Quem dera ouvir a sua voz com um abraço sentido,
Porém só há uma nuvem de fumo nesses pulmões,
Que me deixa a meio percurso e eu tão perdido,
Não há conforto para esse corpo nestes colchões,
Porém só há uma nuvem de fumo nesses pulmões,
Que me deixa a meio percurso e eu tão perdido,
Não há conforto para esse corpo nestes colchões,
Pai, lembro-me dum sorriso próprio somente teu,
Que não te esqueças de despertar, é hora de acordar,
Não te dissolvas numa memória de quem creu
Que não te esqueças de despertar, é hora de acordar,
Não te dissolvas numa memória de quem creu
Que era só beijo para se afagar e permitir sonhar,
Apesar de ter nas pernas a eterna lira de Orfeu
Tenho um longo caminho para ainda mais me afastar.
Apesar de ter nas pernas a eterna lira de Orfeu
Tenho um longo caminho para ainda mais me afastar.
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