Sinto anjos na língua arrebatando-me para cima,
Abraçam-me enquanto dormito, envolve-me o beijo,
E logo deixamos o terrestre, somos obra-prima,
O resto passa em silêncio, sem gesto ou desejo,
Abraçam-me enquanto dormito, envolve-me o beijo,
E logo deixamos o terrestre, somos obra-prima,
O resto passa em silêncio, sem gesto ou desejo,
Frios e quentes, sou nu, sou a última despedida,
Que importa o vindouro? Morri antes de nascer
Pois nada importa e eu sou tudo, a bem-vinda
Parte que quase falta, que não pára de acontecer,
Que importa o vindouro? Morri antes de nascer
Pois nada importa e eu sou tudo, a bem-vinda
Parte que quase falta, que não pára de acontecer,
Logo impludo em possibilidades, expugnado,
Procurando sem descanso aquele lugar em mim,
Deixai-me voltar sem duvidar do coração quebrado,
Passar pelo tempo traçando percursos sem fim,
Sou culpado por todos estes segundos ter amado
E a sentença é viver que nem um danado, ámen, plim!
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