quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Trocando Sonhos Por Copos

Um copo de silêncio, descanso para quem escuta,
Agora já sabes que estou no barco dos perdidos,
Entre o gelo e as dunas, é a vida que aqui nos enluta,
Mal chegamos ao objectivo e já estamos vencidos,

Vejo o tempo enrugado a beijar-me levemente o rosto
E eu procurando no escuro por uma lamparina
Que alumie o vazio de um coração e seu desgosto,
Assim troco sonhos por copos, eu sou a neblina,

O farol e o nevoeiro, a viagem sozinha e o companheiro,
Frio sob estes lençóis feitos de pedaços de lembranças,
Respirando ofegante sei que sou meio, quase inteiro

Mesmo na falta, na carência, na fraqueza das pernas,
Perguntando como é possível ser o velho e as crianças
Assim passo o tempo sem o passar por estas horas eternas.

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