Um copo de silêncio, descanso para quem escuta,
Agora já sabes que estou no barco dos perdidos,
Entre o gelo e as dunas, é a vida que aqui nos enluta,
Mal chegamos ao objectivo e já estamos vencidos,
Agora já sabes que estou no barco dos perdidos,
Entre o gelo e as dunas, é a vida que aqui nos enluta,
Mal chegamos ao objectivo e já estamos vencidos,
Vejo o tempo enrugado a beijar-me levemente o rosto
E eu procurando no escuro por uma lamparina
Que alumie o vazio de um coração e seu desgosto,
Assim troco sonhos por copos, eu sou a neblina,
E eu procurando no escuro por uma lamparina
Que alumie o vazio de um coração e seu desgosto,
Assim troco sonhos por copos, eu sou a neblina,
O farol e o nevoeiro, a viagem sozinha e o companheiro,
Frio sob estes lençóis feitos de pedaços de lembranças,
Respirando ofegante sei que sou meio, quase inteiro
Frio sob estes lençóis feitos de pedaços de lembranças,
Respirando ofegante sei que sou meio, quase inteiro
Mesmo na falta, na carência, na fraqueza das pernas,
Perguntando como é possível ser o velho e as crianças
Assim passo o tempo sem o passar por estas horas eternas.
Perguntando como é possível ser o velho e as crianças
Assim passo o tempo sem o passar por estas horas eternas.
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