sexta-feira, 11 de maio de 2018

Nos Pássaros Azuis do Peito

Estou nas mãos do beijo, de uma alada fantasia,
De apelido cerúleo, voo enquanto ardem cidades,
Que venha o Apocalipse, sou detentor da melodia
Que separa peões de deuses, que ignora idades,

Despindo peles, sou camadas de ventos e brisas,
Encoberto pelo pássaro azul, acreditando no insano,
Respirando a liberdade de mil e um poetas e poetisas,
Sou anjo, sou coração aberto, vinda ano após ano,

Dou tudo, fico com mais, a fuga torna-se procura,
Até encontrar o segundo dourado e logo o deixar,
Deixem-me ir, permiti-me ficar no que foge e dura,

Sigo e caio entre os perdidos por vezes encontrado,
Onde todos somos belos, onde todos temos lugar
Pelo sujeito amar no estranho familiar sussurrado.

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