Estou nas mãos do beijo, de uma alada fantasia,
De apelido cerúleo, voo enquanto ardem cidades,
Que venha o Apocalipse, sou detentor da melodia
Que separa peões de deuses, que ignora idades,
Despindo peles, sou camadas de ventos e brisas,
Encoberto pelo pássaro azul, acreditando no insano,
Respirando a liberdade de mil e um poetas e poetisas,
Sou anjo, sou coração aberto, vinda ano após ano,
Dou tudo, fico com mais, a fuga torna-se procura,
Até encontrar o segundo dourado e logo o deixar,
Deixem-me ir, permiti-me ficar no que foge e dura,
Sigo e caio entre os perdidos por vezes encontrado,
Onde todos somos belos, onde todos temos lugar
Pelo sujeito amar no estranho familiar sussurrado.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.