Um barco a remos flutuando entre a multidão,
Perdido para este mundo, levando a certeza,
Algures entre o azul, procurando a estação
Onde faz sentido o ver um pouco de beleza,
Onde a brisa sopra fresca e o céu tímido começa,
Há instantes em que Deus fala, há a eternidade
Que por muito que venha e seja e até aconteça
Somente encontrará refúgio pela tempestade,
De onda em onda, faz-se da maré o marinheiro,
De vaga em vaga, sob a chuva e sobre o sol
Que venha o arco-íris deste terno aguaceiro,
Submersos e imersos no sonho alado tornado,
Somos sementes no lazúli escapando do anzol
Que é mar adentro, rapidito, o azul respirado.
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