Água vai subindo enquanto o chão se quebra,
Estou de costas, flutuando sobre o infinito,
Olhando para o céu no que aqui se celebra
É a maré que me leva o silêncio e o grito,
Fujamos Amor, nada nos espera mais aqui,
Sem pertença além, afoga-te já comigo,
Se partires, quando for, encontra-me ali
Onde estrelas colidem sendo meu abrigo,
Corramos Amor que deixemos a água rasa
Nos beijar os pulmões tão delicadamente
Sem nada para dizer, esta paixão é brasa,
O lume consumir-nos-á enfim e certamente,
Este belo suicídio é só beijo e a ideia de casa
Que nunca chega aos lábios do homem ausente.
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