domingo, 8 de abril de 2018

Ele, O Amador Sem Coisa Amada

Um pouquinho de nada este sentimento,
Impassível, indolente, inerte ao segundo,
Parece que o homem deixou testamento
De cruzes às costas num buraco profundo,

Os transeuntes vão pela alameda tão vagantes,
As valetas destino para a chuva dos perdidos,
Olhando uns para os outros tropeçando adiante
Onde os homens caem por instantes rendidos,

As estações passageiras dos passos não ateados,
Foragido da vida, a morte é querida, vem a mim...
Tal como a saudade do não vivido, os bocados

Que esmorecem no peito esvaecido aqui por fim,
Silenciosamente, os ontens foram já sobrevoados,
Ele, é somente o amador sem coisa amada sim.

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