sábado, 14 de abril de 2018

Amanhã é Sempre Longe Demais

Fugimos de casa pois não temos sequer um lar,
Nem na terra, nem no céu, assim é este fado,
Somos cães vadios procurando onde repousar
E as frações de metades deixadas aos bocados,

Porém é sempre amor o anseio, eterno e imutável,
Respirando ofegante, por momentos num instante,
Implodindo neste peito sendo a doença incurável,
Esta terna esperança insana deste poeta vagrante,

Escondido onde não nos encontramos, esta algibeira,
Esquina para o sonho e tudo o que puder ser encontrado,
Apesar de ser o rasto que deixo atrás, somente poeira,

Sinto que nesta vida isso é suficiente para ser amado,
Independentemente que seja segunda ou sexta-feira,
Nada importa mais, sou para o amanhã estrado.

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