Salas vazias, crivadas de mim através de reféns sussurrados,
Sou um estranho familiar, um pedaço ao longo do caminho,
Cada instante ventre para a Vida, espectro para o passado,
Beijo no céu e na calçada, a vereda com todos indo sozinho,
Não alcançando o fim, a salvação é a perdição do buscador,
A combinação do cofre é a ausência de chave, é este perdão,
Não pelo que fui mas por todos aqueles que não fui, oh Amor,
És tu que me ergues pelas profundezas e cumes deste chão,
Sim, não! Talvez, nunca sem nunca o dizer, os olhos entreabertos,
As janelas para o infinito, visto-me de roupas semi-retalhadas
Como aprecio a luz destas horas ora paradas ora irrequietas,
Sim, não! Talvez, o êxtase está no sorver o dia, a noite, a beleza,
Só assim sou passageiro no carrossel e as correntes quebradas,
Um dia serei pó, um dia voltarei, apenas assim vejo com clareza.
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