As cruzes sobre a cabeceira destes berços,
Os lençóis amarrotados, leitos do passado,
O silêncio onde nossos corpos eram versos,
De um toque dado, de um lume já crepitado,
Entrelaçados, vulneráveis, as ruas transbordando,
Sombras e semblantes pela janela entreaberta,
O peso do eclipsado aos ombros aqui suspirando:
Era eu e ela numa mescla divina pela hora incerta,
O seu rosto labirinto decorado nas vielas da mente,
O seu toque moldura para um eterno sentimento,
Cada forasteiro acobardava-se no beijo ausente,
As quebras do passeio, o acenar a cada momento,
Como posso ser se sou ao instante pertencente?
“Olá, adeus…” eu sou da brisa, eu sou do vento.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.