Ninguém sou eu, eu sou ninguém!
Quando em mim Rosa aparece,
Por vezes nem sei qual ou quem
Em mim mesmo, mesmo acontece...
A subtil pancada sempre insistente
Que consome o bom samaritano,
A cinza dos escritórios, o fervor do utente,
A propensão para a mentira, o engano,
Na cidade há tanta dor escondida,
Tanta proximidade sem se estar perto,
Até a verdade é facilmente sacudida,
Tanto ruído de fundo, tanto desdém
Parece oásis em infindável deserto
Mas é só miragem, lar de ninguém...