O céu que abriga o verdejante jardim
É de todos que ousam viajar ao relento
Viajando com ou sem intenção é assim
Que se vai recobrando a cor do vento,
Vamos indo em valsas ao pé-coxinho
Com uma lágrima no canto do sorriso
E ir vamos indo rápido ou devagarinho
Valsando sós nesta dança do improviso
Entre margens quantas vezes perdemos
A razão, a sazão, a oportunidade de ser,
Até na perda é bom que caminhemos
Pois ai também há fracções de verdade
Nesse jardim que ousamos viver e morrer
Entre margens pelo jardim da eternidade.