Os olhos nos olhos e mão na cintura,
Vida cadáver quanto temos dançado,
De joelhos no chão em pertença à loucura
- A ela... doce farol, um muito obrigado,
Até vale a pena viver mais um segundo,
Assim se eleva o ânimo ao exumado,
Ela é o lar doce lar para o vagabundo,
É a ela! Doce farol… um muito obrigado,
Por vezes estranha-se o filho do próprio pai,
Corre o dia, vida triste, vida avariada,
Do homem que a ele próprio se trai
Não sendo ou vendo a luz, só enxurrada,
São vezes em que a treva sobre mim cai
Salvo ela... doce farol, um muito obrigada.