Teremos balões e confettis à hora da morte,
Venham e tragam um bom amigo também,
Ela lívida e serena me há deixado a tal sorte
Que por instantes olvidei que ela era quem
Outrora se banhava leve nestes rectos ombros
Sorria, chamando-lhes o que sentia ser o lar,
Hoje ao monte dos vendavais seus assombros
Com seu níveo espectro a vidraça a arranhar,
Seus ecos reverberados nestes corredores vazios
Amaldiçoo-os a todos por esta insanável ferida
Enlouquecei-me mas deixai-me não restos sombrios
De toda uma viagem onde sóis o fado nesta palma
Aonde e onde não posso viver sem a minha Vida
Que sentido sequer faria viver sem a minha alma?