Despertai-me para a vida desta oblonga elipse,
O sangue que me corre dentro das entranhas
É o suficiente para provocar um Apocalipse,
No semblante de quem nunca conseguiu mesmo ver
Quando as dunas e o deserto se mesclam consigo
Vagamente, na amplitude tão breve deste ser,
Onde por vezes a bênção mais parece castigo,
Rascunhámos cones e cubos sem grande sentido,
Desdobramos os membros orientando o vento
Dos pólos ao equador sem ideia do apetecido
Que nos inebria a cada nova nuance de cinzento,
Levamos iglôs ao deserto com ideia de abrigo
Habitando-os só com a passagem do tempo...