Em admiração ele observava atento o firmamento
Algures por lá Ema bailava insciente à desfolhada,
Pequenas faúlhas caiam em oscilante movimento
Colhidas pelo rapaz deitado à berma da estrada,
Cada rodopio era rascunhado a régua e esquadro
Sendo em papel de marca de água por ele pendurado,
Suas mãos tinham nascido para pintar o seu quadro
E o seu olhar para verter em memórias o tão ansiado:
A melodia que era dela e que era sua pertença também,
Às vezes lamentava cada pestanejar pelo então perdido,
Ela era a visão estranha tão familiar, seu tudo e seu ninguém
Onde o resto passava e raramente ficava após ter partido,
Porém ele era enamorado por ela e por ela cativo e refém
E era ela a ocasião nele emoldurado e no seu olhar retido.