terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Queda II: De uma Folha de Outono

A queda de uma folha de Outono é leve,
E sussurra no hoje, ansiando o amanhã,
Uma brisa morna que do nada se eleve,
E a aconchegue nessa viagem para cá;

Esse esvaecer é dos insones domínio,
Aparta sem voz o toque da melancolia,
Até poetas colhem inspiração e fascínio,
Desses airosos rodopios de tenção vadia;

Um soalheiro dia, farás parte das searas,
Serás o retoque de um rosto esverdeado,
Serás o beijo que torna as auroras claras,

Serás Amor! O Amor um dia silenciado…
Das noites que passaram por outras caras,
E de quem tombou, por ter outrora voado.