Nas viagens pelo trilho das nebulosas
Escutamos contos afectos ao berçário,
O princípio do andar entre as formosas
Cuja memória há apenas no imaginário,
Cada bolbo de luz é outra nossa morada,
Do que foi energia e será um dia destinado
Ao entalhe acordado pela matriz abdicada,
Sempre o mesmo, para sempre resfolgado.
Pois o que nos liga e separa é somente ar,
Um pouco molecular num imensurável nada,
Se é nada, deve ser pouco para nos afastar,
Somos os escolhidos pelas altivas estrelas
Por cada Ver reflectido em luz clareada,
Para um dia sermos de vez, irmãos delas.