É certo… um dia sempre vem um dia,
Surgindo do rodopio tácito do mundo,
Algures, para além do caos, há harmonia
Brotando alada na calçada do segundo;
É certo… outro dia sempre virá um dia,
Haja frio ou calor, ele um dia chegará,
Basta escutar e aí nessa subtil melodia
Há o ontem que foi e o raiar do amanhã;
Venham pois nossos sóis e seus luares,
Que imaculados nos toquem na face,
Trazendo do infindo dos seus lugares,
A luz que é nossa para que então trace
Os contornos das constelações dos ares
Em nossas silhuetas num singular enlace.