Quando partir; as Primaveras entoarão minha falta
(Sei-o perfeitamente, mas… alguma vez cá estive?)
De cabeça na palha, o enegrecer do dia, luzente,
A compartilha alífera, singelamente estonteante,
Na entrega e recepção do caça-sonhos inacabado,
Aquele que não conseguia albergar toda a luz solar;
Rememoro a busca e encontro da estrela comum,
No meio de milhares, nossos olhos coincidentes
No mesmo ponto tangível, éramos magia genuína;
Indaguei os céus no dia seguinte, apontando-a sozinha,
Trazendo-a na algibeira, convicta de sua especialidade;
Sítios diferentes, caminhos divergentes, perdi-a enfim.
Alienei o que nos unia, a única estrela comum.
Nossa bela e exclusiva estrela. Nossa…
A dor da cativa, não cativada, aprisionada em anseios
Beijos a todos, o simples toque de todas as suas palmas,
Atravessando-os e dissipando-me em seus bateres,
Bailávamos lestos até aos despontares da alvorada,
Livres e selvagens, de sorriso revelado incidente
Esplendente voz em sintonia, somente eu sabia,
O néctar do conseguir deslizar sobre o vento,
O som nos ramos repercutido, re-ressoando,
Da passagem infinita ao fraterno infinitésimo,
Em mim e eu todos os eus de que faço parte.
{Mas eventualmente, farei parte delas.}
Rosa. M. Gray
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