Quando encarar o é com estranheza, tudo é estranho,
Anunciando a brevidade da derradeira despedida,
O toque lancetado à algesia, somente e único,
Deslizando na estranha consciência, maledicência
Em serena profusão, sendo esta então, difusa,
Com e em (sem?) sentido desprovido de direcção,
Sou alabastro, em margem de berma de caminho,
Contendo mãos alheias em palmas insuladas,
Somente e só, ressoando a finito ecoado além,
Reconhecendo as esquinas divinas nestas suplicas
Envolvendo e revezando com e no objecto finito,
Sediada era toda a moção, exceptuando acolá,
Exceptuando o singular e único contemplar.
A fracção restante era porção de cor,
Transposição fleumática de meio-tom,
Este sim:
Carecido de oxigénio para enfim respirar.
A única e ultima réstia de ar límpido, sim,
O objectivo é o agora fulminado,
Nas alamedas das docas em maresias,
Vai repousando a manhã em sobressalto,
A lucidez do faroleiro guardada em sótão
Poeirento em seu alvéolo, encontrado
Na vigília face ao poema inacabado,
Adormecendo à mercê das ondas,
Suas tipografias meus rascunhos,
A insídia da passeata sua perspectiva,
Mendigando a formalização da dança,
Assentando-se na fatiga da estadia,
A proximidade da noite, esmorece o dia,
Em palidez circunscrita aparente,
Beijo-vos a mão, desconhecendo tal razão,
Do azul mais escuro, ao claro mais escuro,
Surge a aurora, seu toque delineado neste rosto,
Arrastamento em consequente ebulição,
Ambivalente face ao denso, o proveniente
Espectador em palco opaco, afinal vendo
Seu sorriso retratado, em objectos vulgares,
Eram folhas rasgando as fundações cerúleas,
Breves e esplêndidas, retornando ao ponto inicial,
Silenciando-me à grandeza do fôlego em sono,
Meu carpir, desfoque difuso, panorama em tons
De matiz - o cerúleo: este olhar reflectido no céu.
Seu outrora ósculo, é hoje o meu vaguear,
Na fatiga o espectador que há visto o desmedido
Balancear aparentemente impávido no olho da intempérie
Dos seus colmos e elmos delapidados, tudo o dado
Do cinzento que é tudo menos cor, a porção recebida,
Sorriso, pintado no canto do olho direito, na alma
O convite aberto às nuvens, ao paradigma tatuado
Neste espírito, confere alento até ao pesaroso fardo,
Sim! Em afirmação! Euforia concretizada - Euoé!
A brisa sussurrando pelas folhas, murmura meus nomes,
O anseio aparente em sua inquietude, redecorando minúcias
O momento de contemplação, recordando o instante vindouro,
Bosquejo estoriado no cantinho harmonioso, gentil e suavemente,
Suspiro um: “até já”.
Partindo,
(Com um adeus retratado no coração).
Rosa M. Gray
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