quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Hálito que Exalas Pt. 3

O hálito que exalas, deveria ser todo o meu oxigénio
Respirando seu ósculo, este ténue pestanejar
No seu frágil latejar, as palavras em silêncio
Tenho saudades sim, assumo-o.
Sim… assumo-o.
(de)
Quando seu beijo, era simultaneamente o meu,
O Eu, era encontrado, o Eu, era complementado
Pela sua metade mais inteira, sua verdade remota.
Este respirar, apenas mais um tom para o anseio,
O anseio de coisas lamechas que nunca murmuraria
Em vulgares páginas de papel, na futilidade,
Esboçaria talvez na maior praia do maior oceano,
Mas somente no mais minúsculo grão de areia
Ou então em baldes de cimento atirados borda fora,
Que repousem dormitando na profundidade do oceano,
E permitam que repouse novamente também, enfim,
Talvez.

(Se te traçasse as galáxias escusas em meu olhar,
Envolvê-las-ias?)


Rosa M. Gray

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