terça-feira, 15 de julho de 2025

Lua Nova

O céu estrelado dá lugar ao brilho de constelações,
Sem sombras ou eclipses, o cosmos e o seu recomeço,
Tal metamorfoses e esperas em diferentes transições,
Sou só a mudança independentemente do que pareço,

Há saudades no vazio das memórias entretanto esquecidas,
Intuições de ausências, silêncios e vozes quase quebradas,
Por entre reflexos de potenciais sonhos e estrelas prometidas,
Sussurramos toques na pele, a margens então de novo beijadas,

Lua Nova a noite inteira, seja qual for o que vier na turva maré,
De pés descalços na areia, o vento é a neblina, a flor é nocturna,
Pelo horizonte é que há que continuar sempre com indomável fé,

Este ventre do tempo prepara-nos para o que estará na estrada,
Tal presságio para o destinado, fado e oração para a noite soturna,
Renunciando a oferenda de uma cópia, um dia virá a madrugada.


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