segunda-feira, 7 de julho de 2025

Entre o Agora e o Nunca

A contenda entre o presente e as sombras do passado,
É o velho relógio que já não marca o tempo, a procura,
Pois o tempo é inimigo da alma e do que esta há sonhado,
A brevidade da vida vista num pôr do sol ou numa rua escura,

Sei que há sonhos perdidos entre estações de comboio,
Em estradas que se desfazem mediante cada novo passo,
Somos andarilhos em busca de lugar seguindo um arroio,
Mesmo quando o poeta perde as palavras, marca o compasso,

E quando a noite vem, ele cobre-se com mantas estreladas,
Em danças de estações feitas de pinturas que ninguém vê,
O palco vazio depois do aplauso, as vozes do então ecoadas,

Entre o agora e o nunca, há espelhos que por nós foram esquecidos,
A liberdade do não saber, o infinito no horizonte de quem ainda crê,
Acredito que há luz entre os abismos, mesmo nos brilhos obscurecidos,

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