quinta-feira, 20 de março de 2025

O Perfume da Sombra

A sua sombra é por uma brisa fria trazida,
Esta guerra das Rosas fez uma nova vítima,
Por isso aceno à morte, ela é sim bem-vinda,
Até que por fim a luz me inunde lindíssima!

Numa explosão supernova num instante brilhante
Esta pele por meros momentos deixa de ser lívida,
Finalmente o Universo reencontrou seu semelhante,
Enfim procedemos adiante nesta aurora então vivida,

Pois se a Rosa feneceu, o seu perfume ainda persiste,
E aprendemos a arte do desapego, o vil desencontro,
Porque sua pétala ao vento esvaeceu, assim desiste,

Resta a memória cravada a ferros num antigo e ido conto,
E caminhamos solitários onde somente a sombra existe,
Trago-a morta no canto do bolso, num sorriso triste pronto.

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