É o pêndulo do relógio o tempo a a sua passagem,
Assim rebatido às areias da ampulheta, impaciente,
O passado e o futuro não mais do que uma miragem,
Que passa ou não aparenta quase vir assim de repente,
A passagem do tempo é sombras pousadas em cadeira,
Poltronas vazias perguntando quem um dia lá se sentou,
Os momentos que outrora foram reais agora com poeira,
São a aprendizagem do rosto que o vento foi e enrugou,
Os instantes de sol, os instantes de chuva são a indagação,
De costas para a parede, o tiquetaque sorrateiro,
Relembra que segundos são vultos deste coração
E que cada um deles contribui para o homem inteiro,
Infinito, o eterno gratuito, a força de cada estação
Feita alma, feita sonho, feita luz brilhante ante o nevoeiro.
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