Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quarta-feira, 31 de maio de 2023
Deus Sussurra nos Pormenores
quarta-feira, 24 de maio de 2023
Poema dos Cinco Dias
terça-feira, 16 de maio de 2023
Quando A Noite Caiu
Quando a noite caiu o poeta enfim revelou sua confissão,
Queria ter estado mais presente quando havia presença,
Ansiava ter beijado sempre com amor e dado a sua mão,
E não ter sido da ansiedade refém, ter feito a diferença,
Não ser quem cerrou os olhos para não ver e esqueceu o mundo,
Num salto de um precipício alto para o poço mais profundo,
Pois a humanidade é imunda, é suja, é anjo sem as suas asas,
Velhote abjecto virado quase em demónio em fogo, em brasas
Almejava ter abraçado e tocado a parede do além do infinito,
Ter condensado o instante num mero instante, num alto grito,
Não ter desperdiçado nenhum momento porque sim e sim!
Ter alimentado a alma de confetes sem qualquer início ou fim,
Pois quando a noite cai somos sem sono a cidade, o asfalto,
Que é eterna busca na procura sem ânsia, sem sobressalto.
A Ausência
A ausência é um vazio entre a palma da mão,
O lugar com pertença num tempo sem espaço,
A memória esquecida na bruma do coração,
O rascunho inerte sem linha ou sequer traço,
A ausência é a falta no lugar de uma imagem,
A carruagem parada ao vento a ir a nenhures,
É aqui tormenta, é brisa e é também aragem
Numa tentativa vã de atingir o além e algures,
A ausência são as palavras inauditas nunca ditas,
A forma e semblante ora tornado tão inebriante,
A tentativa de eterno instante nas horas malditas,
É um beijo quase dado, o abraço quase refractado,
Os dedos passando no fantasma de uma amante,
Espelho multicolor ao chão atirado e quebrado
(para o além do longe, para além do distante).
domingo, 14 de maio de 2023
A Armadilha dos Homens Fez-nos Esquecer o Paraíso
Pouco questionando e procurando o zénite divinal,
Gostaria de ter asas para ir num voo alífero além,
Somos nós que montamos os Pégasos do sonho
Numa indómita cavalgada destinada a quase ninguém,
Que venham os anjos e nos levem para lá do risonho,
O resto é rotina, a canseira de outro dia por acabar,