Um instante no tempo ao vento quase perdido,
Pois o passageiro deixa atrás sombra, almejo,
Somos pluma sem asa num momento já ido,
Carrego-os aos ombros, leves, quase pesados,
O restante é ideia e pedágio, perdão, pecados,
E eu a solidão de meia mão sem outra mão,
O bocado que não ecoa longínquo no coração,
Esperando por bilhete para entrar no comboio,
Ruptura da mente, somos aqui recém-chegados
A um ponto de partida neste trilho tão rastoio
Onde falham as pernas para caminhar, para ser
Pena na boca de pássaro-azul, somos pernoitados
Por um dia que não chega, o horizonte do não ver.
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