Transpõe-me para uma ausência de escuridão,
Pois a terra é um carvalho assente em raízes,
É um livro escrito com galhos em imensidão,
Apontado para Norte, somos meros aprendizes,
Folhas caídas pelo Outono revestidas, doce som,
Pois aqueles que abdicam de si são crianças nuas,
Calcando ignorantes o futuro e a sua sofreguidão,
Assim vão passando os sois, assim passam as luas,
Daqui para o infinito e dele para o preciso instante
Onde enveredamos pelo trilho cuja semente é plantada,
Crescem fortes estes troncos do peito, não obstante
O quanto nos lembramos do que pretendemos projectar,
Este jardim de Éden, os campos Elísios, a luz fragmentada
Nada nem ninguém me irá impedir de cada momento amar.
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