quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Eu Por Cada Momento

Transpõe-me para uma ausência de escuridão,
Pois a terra é um carvalho assente em raízes, 
É um livro escrito com galhos em imensidão, 
Apontado para Norte, somos meros aprendizes, 

Folhas caídas pelo Outono revestidas, doce som,
Pois aqueles que abdicam de si são crianças nuas, 
Calcando ignorantes o futuro e a sua sofreguidão, 
Assim vão passando os sois, assim passam as luas, 

Daqui para o infinito e dele para o preciso instante
Onde enveredamos pelo trilho cuja semente é plantada, 
Crescem fortes estes troncos do peito, não obstante

O quanto nos lembramos do que pretendemos projectar,
Este jardim de Éden, os campos Elísios, a luz fragmentada
Nada nem ninguém me irá impedir de cada momento amar.



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