sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Há Que Ver, Há Que Acreditar

Nestas mãos vazias tenho vários sonhos e aspirações,
Do sonho para o real, do abstracto para o concreto,
Quando o Sol se põe e vem a Lua com suas imitações
É que percebo o quão este solo que piso é incerto,

Procuro Amor em mim e umas mãos nos ombros,
Para sair e esperar pelo vindoiro ósculo imortal,
Pois, por vezes, a Vida é enterro, é só escombros,
Oscilando o pêndulo do relógio que  vai e vem tal

Ampulheta soando a segundo sempre passageiro,
Aqueles que fui e outros que serei outrora um dia,
Eternamente entre a luz do berço e o cinza do cinzeiro,

Perenemente entre a vil atrocidade e a bela melodia,
Pois quando esta última falha há apenas o bueiro
Onde cai o descrente, aquele que deixou de ver magia.

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