Nestas mãos vazias tenho vários sonhos e aspirações,
Do sonho para o real, do abstracto para o concreto,
Quando o Sol se põe e vem a Lua com suas imitações
É que percebo o quão este solo que piso é incerto,
Procuro Amor em mim e umas mãos nos ombros,
Para sair e esperar pelo vindoiro ósculo imortal,
Pois, por vezes, a Vida é enterro, é só escombros,
Oscilando o pêndulo do relógio que vai e vem tal
Ampulheta soando a segundo sempre passageiro,
Aqueles que fui e outros que serei outrora um dia,
Eternamente entre a luz do berço e o cinza do cinzeiro,
Perenemente entre a vil atrocidade e a bela melodia,
Pois quando esta última falha há apenas o bueiro
Onde cai o descrente, aquele que deixou de ver magia.
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