Escuto as horas pela alameda sob o luar,
Vestido em trapos de seda, só a observar
Quem passa e cedo é ida, é a lei da cidade,
Pois quando vem a partida e se vai a idade,
Por vezes, embalo madrugadas nos braços,
Viajando por alvoradas, por outros regaços,
De noites deixadas para trás mas tão perto,
Onde o passo do rapaz deambula pelo incerto,
E há fantasmas do passado e anseios de futuro,
Por tudo que tenho albergado: o saltar o muro
Que separa as caixas da dimensão - a vogal aberta
De quem teve lugar no coração, na planície deserta,
Por vezes é tão difícil dizer adeus e ser a despedida
Porém são os trilhos de Deus que afiguram parte da Vida.
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