Preciso dela sim, que nem água vertida
Nesta boca sequiosa de tudo e de nada,
Farta-me tanto o adeus, a despedida,
Cansa tanto colocar sempre o pé na estrada,
Nesta boca sequiosa de tudo e de nada,
Farta-me tanto o adeus, a despedida,
Cansa tanto colocar sempre o pé na estrada,
O viandante enfim parou entre margens,
No fragmento que é resto, que é ponte,
Ofegante de novos trilhos, novas viagens,
Na impossibilidade de alcançar o horizonte,
No fragmento que é resto, que é ponte,
Ofegante de novos trilhos, novas viagens,
Na impossibilidade de alcançar o horizonte,
Pesava-lhe o céu, carregava peso morto,
E a sepultura sussurrava-lhe de perto,
À procura de uma fonte, à ida pelo deserto,
E a sepultura sussurrava-lhe de perto,
À procura de uma fonte, à ida pelo deserto,
Oh como se tornara este mundo incerto,
Serpenteando-se assim ao caminho torto,
Enquanto seu olhar se perdia absorto.
Serpenteando-se assim ao caminho torto,
Enquanto seu olhar se perdia absorto.