Viajo até não haver mais horizonte
Entre margens pelo meio de nada,
Por mim são uns poucos pela ponte
Desta viagem ora leve, ora pesada,
Por muito que tenhamos esperado
Ou por tanto que tenhamos ido
Somos por vezes o tempo parado
De um qualquer parágrafo não lido,
E aquilo que perdi e achei na estrada
É em mim mesmo quando não sou,
As suas partidas e a minha chegada
E o visto que o esquecimento já levou,
São essas os tons que ecoam aqui
Concedendo fôlego e asa ao colibri.