Vamos sem medo, um dia seremos lembranças,
Restam ecos de suspiros enviados lá p’ra fora
Quando o frio pára o andar destas andanças
E então somente a sombra de ninguém mora
Cantai-me por favor uma canção de embalar,
Não pretendo enganar a passagem do tempo
E quando este meu olhar deixar de pestanejar
Sabei que Amor irrestrito sempre foi o intento...
As paredes dos labirintos criados então cairão,
Umas últimas palpitações e um pouco de mim
Não mais toda essa preocupação e confusão,
Erguendo escadas para o Céu - vem o querubim,
Tão brando finalmente oferecendo a sua mão...
Se o entre margens foi bom pouco importa o fim.