terça-feira, 8 de julho de 2014

Meia Luz: E o Resto nas Garrafas

Meia luz… e um resto nas garrafas de mim,
Corpos cansados e derramados pelo chão,
A vista semicerrada percebe que foi assim
Que outros poetas por tais lençóis já caíram...

Meia luz… e mais um trago sorvido a beijo,
Abraços de  veludo para esquecer o mundo,
Perdidos entre a paixão, a volúpia e o almejo
Nem que bebesse de uma vez veria seu fundo,

Meia luz… e o toque dos dedos da madrugada
Que calor oferta com uma porção do antes,
O pé na estrada, o coração que bate por nada,

Não há como despertar dos anseios distantes
Deixados ante a vigília de uma colcha gelada,
Meia luz... só tu és Mãe pelas horas errantes…