Corpos cansados e derramados pelo chão,
A vista semicerrada percebe que foi assim
Que outros poetas por tais lençóis já caíram...
Meia luz… e mais um trago sorvido a beijo,
Abraços de veludo para esquecer o mundo,
Perdidos entre a paixão, a volúpia e o almejo
Nem que bebesse de uma vez veria seu fundo,
Meia luz… e o toque dos dedos da madrugada
Que calor oferta com uma porção do antes,
O pé na estrada, o coração que bate por nada,
Não há como despertar dos anseios distantes
Deixados ante a vigília de uma colcha gelada,
Meia luz... só tu és Mãe pelas horas errantes…