Preciso do almejo que jaz no fim da linha,
Do pesado se faz leve e à viagem apetecida
Vai cheio o barquito de quem o vazio tinha,
Ele não será náufrago por muitos mais portos,
Por Deus vou eu e ele em mim em nascimento,
Assim, doce, se lançam ao mar os mortos
Que os levem numa maré de esquecimento,
Não há rebanho para quem fez do mar casa,
Quantos portos já passámos, já beijámos?
O Adeus é a palavra, é a vela, a leve asa,
Sê paciente não obstante do quão ansiámos
As ondas, as marés e quão o porto se atrasa,
Onde por vezes nem nós a nós nos bastámos