E por lá ficam silenciosas até ao final do tempo
Tal comboio passando de estação em estação
Sabendo quais passou mas deixando-as ao vento,
Títulos de capítulos de hoje viram rodapés amanhã
Como vestígios de um fotografia tornada rascunho,
Os dias tornam-se noites e os carris trazem-se cá
Numa perpetuidade que se verte neste testemunho,
Aprendo a viver soletrando a ponta de um beijo,
Enquanto os deuses dormirem terei um lugar
Para ser o colibri entre a paixão e o desejo
Inclinado a poente ansiando por fim encontrar
O espaço entre a multidão e aquele ensejo
Onde só vivo e morro ao brilhar! Ao brilhar...