sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Amanhã: Primavera, Vem

Outrora, onde a manhã ainda aparecia
Seu perfume esta noite ainda perdura
E quando se ia a noite e vinha o dia,
Eu surgia e para lá do alto era a altura…

E sua ausência eram as confidências à Lua,
O espaço vazio entre a palma da mão,
As gotas deixadas onde a foz desagua,
O aperto no peito, o sopro no coração…

Vinham as noites e as estrelas todas aluadas,
Seu fantasma arrastava as correntes do aqui
Onde o passeio se esquecia das estradas

Por onde o viandante foi e ainda caminha,
Se ele era um beija-flor, eu sou o colibri
E ela será a única flor - a jovem andorinha.