Vejo roupas rasgadas ao
sabor do Tempo,
Este é o eco das salas
vazias e suas ofertas
São a passagem do
tique-taque do vento,
Parecido com o silêncio
das ruas desertas
Onde esperámos por quem
aguardámos
E que não chega ou até
mesmo já passou
Não nos ouvindo apesar do
quanto gritámos
Mas vai perseguindo quem
um dia os chamou,
Vem a estória de um
longo, longo Inverno
O entretanto de quem vive
ou já morreu,
A quem o infindo vento levou ao
eterno
Tal o observar o ténue
amontoar da neve,
Relembrando o instante que
já ocorreu
Naquele suspiro que é sempre
tão, tão breve.