domingo, 9 de fevereiro de 2014

Roupas ao Vento Pt. I: Por Janelas Azuis

Vejo roupas rasgadas ao sabor do Tempo,
Este é o eco das salas vazias e suas ofertas
São a passagem do tique-taque do vento,
Parecido com o silêncio das ruas desertas

Onde esperámos por quem aguardámos
E que não chega ou até mesmo já passou
Não nos ouvindo apesar do quanto gritámos
Mas vai perseguindo quem um dia os chamou,

Vem a estória de um longo, longo Inverno
O entretanto de quem vive ou já morreu,
A quem o infindo vento levou ao eterno

Tal o observar o ténue amontoar da neve,
Relembrando o instante que já ocorreu
Naquele suspiro que é sempre tão, tão breve.