sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ao Espelho Pt. II: A Criança, O Homem e o Velho

... que frequentemente é tão breve quanto silente
No oscilar das ramagens do emoldurado retrato
Onde uma porta ecoa o alvorecer da semente,
Assim trazendo a luz da alvorada ao imediato

Eu, agora, partido de dentro do espelho
Permite que enfim te pergunte quem sou
Quem vês será a criança ou o velho
Ocupando este espaço onde estou?

Acorda quem vires e relembra-o quem sou,
Sob a água que Ela venha à tona assim
Que seja aquele que venha por onde vou,
Para ele que é quem sou e que é em mim

Mas que apurado prazer de ti para mim trago
Do semblante deste azul - teu vidro reflectido,
Por vezes tão delineado, por vezes tão vago
Em partes reconheço-o, outras sei-o perdido...