Sou o conceito trazido na nebulosa
Espero ansioso a difusão pelo espaço
Envolto pelo silêncio e solidão brumosa
Neste desejo de me libertar do compasso
Que nem incauta criança a brincar
No afluente em direcção ao estuário,
Fluo e flutuo em mim neste abandonar
De quem sou ao reflexo do calendário,
Aquele que espelha esta subtil silhueta
Perseguindo o caminhar do mensageiro,
Visto ao longe tal esvoejar de borboleta
Trazendo o último àquele que fora o primeiro
E guardando-o no canto do fundo da gaveta
Nesta viagem feita ao toque do travesseiro.