Então ele fechou os olhos perante o sono,
A cada pronunciação o sonho tardava
Deflagrando as ramagens de um outono
Esquecido, como sua pele o queimava,
E eu via-o, de olhos fechados, sem sonhar,
Num quarto fechado por nevoeiro cerrado,
A não adormecer e também sem acordar
Onde o vi naquela porção do bocado:
Era o paraíso dos fracos – o beijo na testa
Do pai ausente, a sangrenta asa do colibri
Levando o tempo para o que já não resta,
Acreditai em mim, eu faria tudo mais belo,
A vida é mais que o sonho e o sonho aqui
Não será sem vida na moldura que pincelo.