Sou filho daqueles que me antecederam,
O último da linhagem de queixo erguido,
Sou a flor das raízes que aqui cresceram
No sabor e no gosto do fruto amadurecido,
Venho de uma terra onde sou o infante,
Deixo pétalas ao vento por onde passo
Por lá escrevo e deixo escrito no instante
Dormitando de olhar aberto no abraço
Dado pelas ramagens à brisa passageira,
Eu - sempre mudando de bênção e fardo
Em busca do que trago e perdi na algibeira,
Apenas ofereço esta sede de além e infinito
Que será da criança universal o legado
No toque aos cegos através do inaudito.