segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Eu e Ela Pt. VIII: Casa

Se uma outra noite eu fosse aquele dia
E nesse preciso instante fosse a melodia
Que já não recordo e que até já esqueci,
Tão clara era mas na noite escura a perdi,

Foi aquele beijo, aquele insano almejo,
Naquela rua escura que ainda perdura,
Nem era bem abismo mas era a caída
Através da fraga do colibri de asa partida,

Era sem ser, era a fracção deste pedaço:
Eu e ela, o dois não se tornando no um
Era tempo para tudo sem espaço nenhum

Onde o cansaço é senhor e o peito abrasa
E eu, apenas pretendendo chegar a casa
Sendo que casa é onde for o seu regaço.