A manhã vinha no fôlego do respiro,
Eu – o almejo do que o orvalho traz
Do alto do morro em apartado retiro
Ecoam as vozes que ficaram lá atrás,
Os suspiros em memória na nostalgia
De quem vem e vai porém não passa
Assim saudando o alvor com tal ousadia
Que seu néctar vai tragando desta taça,
Que Deus me permita viver hora a hora
Pois entretanto segundos vão passando
Neste mar de olvido e ser pelo mundo fora,
Bebendo de ruas vazias a luz dos lampiões
Por cada lufada da brisa que se vai dando,
Sentido faz se for uma ode a dois corações.