Ontem esperávamos pelo amanhecer
Respirando-o enquanto ele era enlevado,
Suave e docemente éramos a tal acontecer
De braços bem abertos e olhar bem fechado,
Através de quatro olhos a vista era a mesma
Saciando por instantes esta inesgotável sede,
Alcançando vida longe desta aventesma
Que assombra o que sonho aqui concede,
Somos a alba, pronuncio-a em minúsculas
Esta é a valsa do trovador ao pé-coxinho
Cujo passo é apelidado por esdrúxulas:
“Ama e sê o sonho que for no pergaminho
Ama-o muito e sê-o no trilho que osculas
Esperar-vos-ei na luz que restar do caminho."