Fizeram-se então as estrelas tristes brilhantes
Envolvidos nesta brisa do beijo um dia almejado
Próximos se tornaram desejos outrora distantes
No sonho de quem dá a mão e se sente amado,
Por ela, sossegavam os ruídos da noite infinda
Em ânsia a suave marca d’água esboçada
Onde o olhar era reflexo da vista bem-vinda
E o ver era visto a dois onde o rio era estrada…
Hoje à noite luas azuis reluzem sob seus ecos,
Este quarto tão vazio, esta noite tão longa
Suas ruas azuis estreitadas para azuis becos
Onde o sono não alcança, o sonho não vem
Aquando sua ausência a não-vida se alonga
Eu - meia-vida e por sua ideia o ainda refém.